sexta-feira, 6 de maio de 2011

Por que eu tenho um blog

Atendendo a uma solicitação do grupo "Blogueiras Unidas" participo da blogagem coletiva respondendo "Por que eu tenho um blog".
Decidi ter um blog porque eu disse que nunca teria um blog e acabei MORDENDO A LÍNGUA. Ontem uma amiga estava me explicando porque ela não assiste noticiários. Minha amiga não é jornalista. Adora ler, é bem infoormada,  mas acha que as escolhas dos editores que decidem o que é ou não notícia não tornam o dia dela melhor, e que as informações que realmente são importantes pro dia a dia dela, ela descobre em outro lugar. Notei que muito dos meus colegas jornalistas mantém um blog, ou já mantiveram. Um blog nos proporciona a chance de escrever coisas que vão além do nosso escrever operário. Ele permite que um bom repórter de esporte possa escrever sobre o seu amor pelas orquídeas, permite que além das tintas carregadas das paginas policiais, a gente possa escrever sobre a arte da fotografia... É possível brincar com os  textos e usar adjetivos, é possível sugerir coisas, é possível interagir com os leitores. Um blog dá a chance de dar um desenho pras nossas idéias, de formatar os pensamentos, de, ao exemplo do que acontecia nas praças medievais, permitir que qualquer um com uma idéia suba no seu banquinho e espalhe aos quatro ventos as suas palavras. Um blog pode simplesmente ser um caderno de memórias virtual --e azar o seu se os leitores quiserem se manifestar e azar o seu se você expôs coisas que não deveria expor.  A diferença é que a internet, como ouvi uma vez num filme, é escrita à tinta. Não há como passar uma borracha no que foi registrado na rede... Para o bem ou para o mal. Nós, que já estávamos na casa dos vinte quando a internet foi popularizada no Brasil, temos uma responsabilidade com as gerações mais novas, mais ou menos como os mentores dos super heróis dos quadrinhos fazem quando seus jovens pupilos descobrem os seus super poderes e ainda não sabem muito bem a diferença de usar a força ou a sabedoria, parafraseando o tio Ben, de Peter Parker, no filme Homem Aranha de 2002: “grandes poderes exigem grandes responsabilidades”.

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