terça-feira, 24 de maio de 2011

Quem canta...

"O homem inventou a música para poder falar com Deus". A frase é mais ou menos assim. Ouvi na abertura do show Cantos e Contos, da Zizi Possi,  no último sábado, no teatro da Caixa Cultural em Brasília. O show foi lindo.A Zizi Possi é uma intérprete maravilhosa. Tinha algumas reticências sobre a Zizi Possi. Sei lá, acho que tocou demais no rádio... Preconceito puro e simples. Ah, como foi bom me arrepender! Ela é ótima, inteligente, talentosa. Entre cantar junto os sucessos dos 30 anos de carreira  ou prestar atenção na técnica dela, na interação com a banda, na delicadeza e criatividade  dos arranjos, confesso que escolhi a segunda opção. Mas nesse show  me lembrei novamente do quanto gosto de cantar, do quanto  quis estudar canto direitinho, com afinco. A gente passa por umas fases na vida que nos afastam da nossa essência. Durante alguns anos, há uns anos atrás, eu não tinha paciência nem mesmo pra escolher um CD. Decorar a letra de músicas novas? Cantar junto? Nem pensar. Delegava esse poder a outras pessoas. Lançando um olhar distanciado sobre esse período, parece que eu estava me castigando. Sabia que cantar seria um prazer imenso, mas não queria parecer feliz, nem satisfeita. Vai entender como funciona o cérebro perturbado. Mas é verdade. Foi assim... Esse período esquisito ficou no passado. Mas deixou uma conseqüência bem curiosa. Durante o tempo em que fiquei “muda” musicalmente, eu tive um lapso de memória. Acabei me esquecendo das letras de muitas músicas que eu gostava de cantar e de ouvir também! Muitas mesmo! Tenho uma voz relativamente afinada e sei projetar o som... Coisas que a gente aprende quando faz canto, teatro,  locução, quando aprende a dar oito aulas por dia... Usar a voz como um instrumento de trabalho. É preciso alguma dedicação, mas fiz isso sempre com prazer. Numa rodinha de violão, por exemplo, é fácil eu me empolgar com alguma música, projetar o vozeirão, cantar o primeiro verso e ... cair na gargalhada! Porque ou eu não me lembro do resto da letra, ou porque canto algo completamente errado. Por exemplo cantar : "soltar essa louca verde paixão" ao invés de "soltar essa louca, arder de paixão", na música "Se " do Djavan. É cômico, eu sei... Já deixei muita gente sem fôlego de rir com essa situação. Estava cansando de me constranger quando um colega, músico, uma vez presenciou a cena e ao invés de cair na risada, me deu uma dica muito boa: “faça seu set list”. Achei curioso. Como eu, uma pessoa que só canta de brincadeira, iria montar um “set list”? Achei que set list era coisa só de garoto que está aprendendo a tocar violão (Deus como eu sou ignorante!!! )... Aí eu vi que a Zizi Possi tem um set list! Igual partitura de instrumento! Aí comecei a prestar atenção nos vídeos de outros cantores... Todos os cantores têm set list! Não é pecado! É esperto! Você já pensou no “set list” da sua vida??? Vamos lá... Um show de uma hora. Cada música com aproximadamente 4 minutos...  Dá pra cantar... digamos... 15 canções. Qual seria a lista de músicas que você apresentaria no seu show? 15 canções de todos os tempos, em todas as línguas. Pense! Depois divida aqui!


quarta-feira, 18 de maio de 2011

O "Dia da Família"

Pessoal, Convido vocês para participar do dia da família!
Quem vai explicar o convite é a Mirys, do blog "Diário dos 3 mosqueteiros"
Lá na casa dos meus pais dia 31 de maio ja é especial porque é o aniversário de casamento deles.
Mais um motivo pra registrar uma manifestação bem bacana.
Aconselho todo mundo a manifestar o seu carinho uns pelos outros neste dia.
Diário dos 3 Mosqueteiros: IMPORTANTE - O "Dia da Família" (Diário da Mirys)

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Diário dos 3 Mosqueteiros: Por que eu escrevo um blog? (Blogagem Coletiva)

Diário dos 3 Mosqueteiros: Por que eu escrevo um blog? (Blogagem Coletiva)

Por que eu tenho um blog

Atendendo a uma solicitação do grupo "Blogueiras Unidas" participo da blogagem coletiva respondendo "Por que eu tenho um blog".
Decidi ter um blog porque eu disse que nunca teria um blog e acabei MORDENDO A LÍNGUA. Ontem uma amiga estava me explicando porque ela não assiste noticiários. Minha amiga não é jornalista. Adora ler, é bem infoormada,  mas acha que as escolhas dos editores que decidem o que é ou não notícia não tornam o dia dela melhor, e que as informações que realmente são importantes pro dia a dia dela, ela descobre em outro lugar. Notei que muito dos meus colegas jornalistas mantém um blog, ou já mantiveram. Um blog nos proporciona a chance de escrever coisas que vão além do nosso escrever operário. Ele permite que um bom repórter de esporte possa escrever sobre o seu amor pelas orquídeas, permite que além das tintas carregadas das paginas policiais, a gente possa escrever sobre a arte da fotografia... É possível brincar com os  textos e usar adjetivos, é possível sugerir coisas, é possível interagir com os leitores. Um blog dá a chance de dar um desenho pras nossas idéias, de formatar os pensamentos, de, ao exemplo do que acontecia nas praças medievais, permitir que qualquer um com uma idéia suba no seu banquinho e espalhe aos quatro ventos as suas palavras. Um blog pode simplesmente ser um caderno de memórias virtual --e azar o seu se os leitores quiserem se manifestar e azar o seu se você expôs coisas que não deveria expor.  A diferença é que a internet, como ouvi uma vez num filme, é escrita à tinta. Não há como passar uma borracha no que foi registrado na rede... Para o bem ou para o mal. Nós, que já estávamos na casa dos vinte quando a internet foi popularizada no Brasil, temos uma responsabilidade com as gerações mais novas, mais ou menos como os mentores dos super heróis dos quadrinhos fazem quando seus jovens pupilos descobrem os seus super poderes e ainda não sabem muito bem a diferença de usar a força ou a sabedoria, parafraseando o tio Ben, de Peter Parker, no filme Homem Aranha de 2002: “grandes poderes exigem grandes responsabilidades”.