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http://diariodos3mosqueteiros.blogspot.com.br/2012/12/o-que-muda-em-um-ano-by-ana-beatriz.html
Coragem, fé e alegria!
Ouvi uma vez que um homem nunca se banha no mesmo rio duas vezes. As águas do rio seguem seu curso e o homem também muda. O tempo passa, ele fica mais velho ou mais sábio, ou mais tolerante. Por isso, toda vez que ele se banha no rio é uma experiência nova. Ano passado, por essa época, dava vivas por ter alcançado algumas conquistas que me pareciam tão importantes e hoje perderam sua grandeza diante da vida que se impôs. Consolidei uma grande experiência de perdão. Realmente, perdoar e deixar a vida seguir é a coisa mais libertadora que alguém pode se dar de presente. Vivi momentos de muita tristeza e momentos de muita alegria. Teve situações em que me sentia numa estrada tomada pela neblina. Apesar do medo iminente e da necessidade de cautela, principalmente por ser obrigada a ficar atenta o tempo inteiro, me sentia temerosa, mas ao mesmo tempo confiante. Porque apesar da neblina tomar da estrada desconhecida, me sentia em segurança porque conhecia o veículo que eu guiava. Comparo essa confiança no veículo, e não nas condições da estrada, com o meu espírito diante da vida. Acredito que cultivar a fé e principalmente não desistir nunca do amor foi o que me manteve inteira diante dos desafios deste ano. Houve dias em que não quis me levantar da cama. Houve dias em que desisti de confiar nas pessoas, houve dias em que me senti inteiramente sozinha no meio de uma multidão. Mas sabia que eu não era aquilo. Sabia que uma força maior me conduzia para além da neblina e que aquilo também passaria. Ter fé, acreditar em Deus, confiar sempre e principalmente acreditar que o amor é uma força maior do que tudo nos dá uma segurança imensa para atravessar qualquer período de adversidade. Problemas vão e vêm, pessoas nulas, marcantes, boas ou más passam pela nossa vida, as situações adversas podem nos atingir a qualquer momento. O jeito que a gente se prepara para lidar com elas é que faz a diferença, é o que garante que estaremos prontos para atravessar a estrada no trecho de neblina, e vislumbrar a beleza que nos espera do outro lado.
Balanço de 2012:
(até agora, o ano ainda não acabou)
-Depois de “maternar” uma menina filha única, estou experimentando ser mãe de um menino da mesma idade da minha filha, graças ao AFS Intercultura Brasil (www.afs.org.br).
-Tentei morar numa região afastada da cidade, numa casa que construí “em ritmo de aventura”. Acabei voltando atrás e me mudando pra área mais central possível de Brasília. Vigiar uma adolescente à distância é mais difícil do que parece.
-De uma alijada das questões da minha profissão, acabei virando presidente de associação, quase uma sindicalista.
-Aprendi a duras penas que os gatos atingem a maturidade sexual por volta dos seis meses e fui obrigada a cuidar da primeira ninhada da Satine. Dois filhotes se salvaram o Branco e o Yoda. Os dois foram doados.
-Tive que ceder e doar a Cherri, a boxer que foi filhotinha pra morar na casa do condomínio, mas que ficou inviável de ser criada num apartamento de quinto andar no centro da cidade.
-Descobri que tinha perdoado alguém que amava muito e que tinha me decepcionado. Acreditem: o tempo cura tudo, e, se tem um remédio ideal pras feridas da vida, ele é o perdão e o amor incondicional.